O desenvolvimento de acções conjuntas para o reforço da luta contra o vírus do HIV e SIDA, no âmbito da parceria com o Executivo foram avaliados esta segunda-feira pela ministra de Estado para a Área Social,Carolina Cerqueira, e o presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (ANASO), António Coelho.
Durante a audiência, Carolina Cerqueira reconheceu o papel activo da ANASO na mobilização, educação, sensibilização e divulgação de informações relevantes e outros esforços desenvolvidos junto do grupo alvo específicos que se enquadram na estratégia do Executivo para o combate ao HIV e SIDA, sobretudo no seio das comunidades mais vulneráveis.
As duas entidades fizeram uma profunda apreciação da actual situação dos casos registados em Angola e apresentado um quadro das necessidades existentes para o reforço das acções de prevenção e continuidade da luta contra o HIV e SIDA em todo território nacional.
Por seu turno, o presidente da ANASO ressaltou a importância do apoio institucional do Executivo para o desenvolvimento das suasacções, facto que tem permitido o alargamento da sua intervenção nas 18 províncias do País e especificou o diálogo permanente que mantém com o Gabinete da Ministra de Estado e com o Ministério da Saúde (MINSA), cujo apoio institucional tem sido fundamental para o exercício da actividade da associação.
António Coelho congratulou-se com o apoio que é prestado pela UNSIDA e através dos programas financiado pelo Fundo Global.
Entre as principais preocupações consta a necessidadede uma sede definitiva, uma vez que se encontram provisoriamente no edifício da UNSIDA que providenciou umas salas para funcionarem.
Pediu também apoio em cestas básicas para atenuar as carências nutricionais de algumas famílias em situação de precariedade, tendo recebido garantias de apoio em colaboração com o Ministério do Comércio, no âmbito da responsabilidade social de algumas empresas que operam na área alimentar e com a intervenção, igualmente, da AJAPRAZ.
O líder da ANASO sublinhou que recebeu garantias da ministra de Estado de que o Governo angolano vai continuar a apoiar as acções comunitárias relativas ao VIH e SIDA no país, apesar da crise financeira que Angola atravessa.
"Saímos convencidos de que podemos continuar a contar com os apoios do Governo, para continuar a desenvolver acções que visa mmelhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, afirmou.
No âmbito da parceria entre a ANASO, Governo e FundoGlobal, António Coelho recordou que as organizações trabalham na resposta a epidemia da SIDA, Tuberculose e Malária há mais de 30 anos, com o objectivo dese alcançar as pessoas com acções de prevenção, adesão ao tratamento, cuidadose apoio, empoderamento dos direitos humanos e redução das desigualdades dogénero.
Destacou a necessidade de se melhorar o diagnóstico doVIH, tratamento sob observação directa na comunidade para a Tuberculose e gerirmelhor os casos de malária na comunidade.
Por outro lado, referiu que o Fundo Global está a disponibilizar, para o período 2021/2024, cerca de 82 milhões de dólares para o combate a SIDA, TB e Malária e um adicional de USD 20 milhões para combate àCOVID-19, nas províncias de Benguela e Cuanza Sul.
Conforme o responsável, a componente comunitária contacom um pequeno apoio, mais é importante que a Sociedade Civil faça toda adiferença.
"Acreditamos que há janelas de oportunidades quedevem ser melhor aproveitadas, porque a saúde é um investimento e não um custo,sublinhou.
A ANASO fundada em 1994, é uma ONG que conta com mais de 35 mil activistas e 315 parceiros institucionais e tem como objectivo facilitar a partilha de informação e a troca de experiência entre as OSC de combate ao VIH e SIDA em Angola e evitar a duplicação das actividades e o desperdício de recursos.
Até Novembro de 2021, a ANASO apontava a existência demais de 350 mil pessoas que vivem com o VIH-Sida, em Angola, tendo Viana como o município com mais casos desta doença, em Luanda.
A ANASO é uma resposta inter Organizações de mais de 28.350 activistas contra os problemas da SIDA, TB e Malária em Angola.