ANASO trabalha na aceleração das acções de prevenção da SIDA

ANASO em parceria com a ONUSIDA realizam ciclos de Ateliers para melhorar às acções de coordenação e articulação entre os diferentes actores da Sociedade Civil.

As organizações da Sociedade Civil da ACADEJ, MWENHO, IRIS, AASCAM, ADM, LPV, NOVO MUNDO, ACPR, CAJ, SOLEOMWENHO, CI, JUCARENTE, UNISOCIAL, CVA, AJACOM, AARSRC, ANGOBEFA e os Pontos Focais de Angola participaram durante dois meses no ciclo de Ateliers organizado pela ANASO com o apoio da ONUSIDA. 

Foram discutidos os temas relacionados sobre: 

  1. Drogas,VIH e Criminalização;
  2. Co-infecção TB/VIH;
  3. Saúde Sexual e Reprodutiva;
  4. Informação & Dados do VIH (Spectrum);
  5. Direitos Humanos;
  6. Eixo Estratégico Comunitário do PENVII

Em síntese, foi referido que a Tuberculuse é a terceira causa de morte em Angola e o continente africano tem registado 75% de novos casos de co-infecção.

Relativamente à taxa de abandono é muito alta e dos 100 pacientes, 16 abandonam o tratamento. Dentre os factores que estão na base do abandono ao tratamento são identificados o tratamento prolongado, a rotura de stock de medicamentos nas unidades sanitárias.

Estabeleceu-se igualmente que existem 5 sinais que constituem um alerta para o diagnóstico da TB a destacar:

  1. Febre
  2. Emagrecimento
  3. Suores nocturnos
  4. Tosse
  5. Astenia, fraqueza

Sobre a situação da TB/VIH em Angola, no ano de 2022, o país apresentou os seguintes dados:

  • Número de casos estimados para Angola: 81.061 (OMS)
  • População: 33.086.278 (projecção INE)
  • Número de casos notificados de TB sensível 2022: 69.252
  • Casos TB < 15 anos: 6.714 (11 % dos casos novos 61.739)
  • Casos co-infecção TB/VIH: 5.123 (12%)(62.921 pacientes testados para o VIH)
  • Casos TBMDR :1.704

Em relação ao corte do tratamento da TB em 2021, foi identificado os seguintes dados:

  • Taxa Cura: 23,1%
  • Taxa Tratamento completo: 44,3%
  • Taxa fracasso: 2,2%
  • Taxa abandono: 16,9%
  • Taxa óbito: 4,0%
  • Taxa não avaliado: 10,5%
  • Taxa Sucesso de Tratamento da TB sensível: 68%

No atelier sobre Saúde Sexual e Reprodutiva foi destacado que quase 90% de mulheres morrem (feminicídio) e só 10% dos rapazes são mortos por mulheres.

Nenhuma pessoa torna-se Gay por frequentar ou conviver com pessoas Gays.

A heterossexualidade, a Homossexualidade e outras formas de orientação sexual, começam a ser sentidas na adolescência quando a pessoa começa a sentir atracção sexual.

É necessário entender o seguinte:

  • Heterossexual para alguém do sexo oposto;
  • Homossexual para alguém do mesmo sexo;
  • Bissexual para alguém do sexo oposto e do mesmo sexo.
  • Assexual nem para um, nem para outro.

É necessário criar e dar espaço para as minorias. O homossexual não opta por ser, assim como o heterossexual não escolhe. É impossível a pessoa influenciar outra a ter a mesma orientação dele ou dela.

É de conhecimento geral que o transexual não pertence ao sexo designado no nascimento. Eles adequam seus corpos ao gênero, podendo ou não se submeter a hormonoterapia e intervenções cirúrgicas, procedimentos que podem levar à loucura.

Na Informação & Dados do VIH (Spectrum), ficou conhecido que é muito difícil contabilizar as novas infecções por VIH ou mortes por SIDA, a solução é utilizar dados de vigilância, dados de rotina e de estudos em modelos matemáticos e estatísticos para modelar a epidemia do VIH.

As estimativas produzidas para o VIH/SIDA vêm do SPECTRUM, que é uma ferramenta estatística, que contém modelos matemáticos que incorporam as múltiplas fontes de dado epidemiológico disponíveis aos países para criar as melhores estimativas para acompanhar a epidemia.

Relativamente às características dos dados extraídos no DHIS2, quantos a sua completude, temos confiança que entra em torno de 70-80% dos relatórios programáticos provenientes do DHIS2. Quanto à conformidade,  os dados extraídos seguem os padrões e fluxo pré-estabelecidos já sobre a sua precisão ou fiabilidade a nota é média/baixa. Outrossim, todos os anos, trabalhamos para melhorar dados discrepantes entre os relatórios que ainda existem, problemas com a capacidade técnica na estatística e análise de dados, os problemas com a infra-estrutura, equipamentos, acompanhamento e avaliação do processo.