VIH/SIDA

Em 2020, em Angola, os números oficiais apontavam para cerca de 350 mil pessoas que vivem com HIV-SIDA, mas acredita-se que a cifra é muito mais alta.

No ano passado, o relatório da ANASO indicava que, por dia, eram detectadas 20 novas infecções entre jovens e adolescentes dos 15 aos 24 anos e registadas oito a nove mortes relacionadas com a doença neste grupo etário.

No País, há 49 mil adolescentes e jovens entre os 15 e os 24 anos que vivem com HIV e, desses, 37 mil são do sexo feminino. As mulheres são, as principais vítimas do HIV-SIDA: existem 210 mil infectadas, das quais apenas menos de 55 mil fazem terapia retroviral.

A taxa de abandono dos tratamentos também é altíssima, a percentagem ronde os 54%, ou seja, "em cada 100 pessoas que no princípio do ano entram para o tratamento, no final do ano 54 desistiram".

A ANASO mostra-se ainda preocupada com as mais de 30 mil crianças que padecem de SIDA no País, sobre tudo quando apenas cinco mil têm acesso a tratamento. Mas as vítimas da SIDA não são apenas os que contraem adoença. No País há milhares de crianças órfãs devido ao HIV.

A ANASO acredita que é preciso "um sistema de informação em saúde que funcione porque os dados não são credíveis".

"A radiografia que a ANASO tem vindo a fazer não é a mais real, é a possível, porque quando vai-se às comunidades notamos de que a situação é muito mais complicada do que os números oficiais indicam".

De acordo com os números oficiais, estimava-se, no final de 2020, que 2% da população de Luanda (cerca de 160 mil pessoas) esteja infectada com o vírus da SIDA. No Cunene, província que surgia em segundo lugar na lista de infecções, calculava-se que a doença atinja 6% da população local. As Lundas registaram 5% dos casos e o Kwanza Norte era a quarta província mais infectadapelo HIV, com 3% de casos.

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