João Francisco, esclareceu para os membros da Sociedade Civil, na sala reunião da ANSO em Luanda, que a Criminalização da transmissão e exposição ao VIH, assim como a criminalização da não divulgação do status serológico da pessoa interfere negativamente na realização de Direitos Humanos tais como o direito à saúde, o direito à privacidade, a liberdade e seguridade da pessoa e outros.
Para o Coordenador, o efeito do Direito Penal em relação ao VIH é o medo de uma acção judicial e consequentemente, o isolamento das pessoas, desencorajando-as a procurar os serviços de testagem, de participar em programas de prevenção e tratamento, ou de informarem os seus parceiros acerca do seu estado de saúde.
Na realidade de Angola, as autoridades aplicam o direito penal e sancionam duramente as pessoas transmissoras do VIH aos seus próximos, voluntária ou involuntariamente. Essa política penal pode, ser prejudicável a saúde pública e violar os direitos humanos. Já a ONU recomenda os Estados adoptarem medidas entre as quais os governos só podem sancionar cível e penalmente em caso de transmissão intencional (dolosa) do VIH, isto é, quando a pessoa tem consciência da sua serologia ou seropositividade, age intencionalmente para transmitir o VIH e, por fim, consegue efectivamente transmiti-lo, frisou.
João Francisco chama atenção aos desafios do HIV sobre a Discriminação e destaca os seguintes:
A ANASO é uma resposta inter Organizações de mais de 28.350 activistas contra os problemas da SIDA, TB e Malária em Angola.